quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

MEUS OLHOS SÃO DANÇARINOS / QUANDO TU PASSAS GINGANDO

Quando tu passas “sacana”
Defronte a minha janela,
Eu percebo o quanto bela
Tu és, doce alagoana.
A minha verve cigana
Explode manifestando
O que estou vivenciando
Esquecendo os desatinos,
MEUS OLHOS SÃO DANÇARINOS
QUANDO TU PASSAS GINGANDO.

Morena, tu não tens pena
De um par de olhos que dança;
Que tenta, mas não te alcança;
Que te deseja, morena!
Que quanto mais ver a cena
Mais a cena vai buscando.
E mesmo a cena encontrando
Não procura outros destinos,
MEUS OLHOS SÃO DANÇARINOS
QUANDO TU PASSAS GINGANDO.

Te vendo ao sol, em revés
Eu fico desconfiado:
Não sei se teu rebolado
Vem da quentura nos pés!
Mas, sabendo quem tu és
Vou a suspeita afastando.
Nem mesmo o sol te queimando
Mudava os dotes divinos!
MEUS OLHOS SÃO DANÇARINOS
QUANDO TU PASSAS GINGANDO.

Não vês que teu rebolado
Mexe com minha estrutura,
Me deixa com a vista escura,
Tonto, sem voz e parado!
Fica um zumbido danado
Nos meus ouvidos zoando,
Ficam os sons se misturando:
Toco harpa e ouço sinos.
MEUS OLHOS SÃO DANÇARINOS
QUANDO TU PASSAS GINGANDO.

Meus olhos são dois faróis
Que vivem te iluminando,
Por conseqüência, espiando
Sob e acima dos lençóis.
Dois holofotes, dois sóis,
Duas fogueiras queimando.
Mas só em vê-la passando:
Dois lesos, dois peregrinos!
MEUS OLHOS SÃO DANÇARINOS
QUANDO TU PASSAS GINGANDO.


Campina Grande, 26 de março de 2009.

Nenhum comentário: