Novamente chegaste, forasteira...
Encontrando-me indefeso; tão sozinho!
Invadiste minh’alma e, sorrateira,
Tu deixaste meu peito em desalinho.
Enganaste-me outra vez... Mais que a primeira!
Foi teu gesto tão fútil; tão mesquinho
Que ousei conclamar-te aventureira:
Pois são vistos teus pés nesse caminho.
Quem és tu afinal? O que tu queres?
Como ousas viver duas mulheres
Se não tens pra nenhuma um ideal?
Desças, pois, ao teu mundo podre e, inerme,
Possa ser que na lama, em algum verme,
Reconheças teu nome original.
Campina Grande, janeiro de 2000
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