sexta-feira, 9 de maio de 2008

PIXÔ

Em memória do
cão, pixô, encontrado
morto em um matagal.


Companheiro de riso e sofrimento,
Guardião do meu lar, fiel soldado.
Incansável escudeiro... Malfadado
Nas ruínas do envelhecimento.

Não nos abandonaste um só momento,
Mas, gemeste sem nos querer ao lado
Nos poupando da dor. Eu, consternado,
Te eternizo meu reconhecimento.

Rogo a Deus que tu tenhas novo dono...
Se aqui foste fiel, o abandono
Não será tua paga aonde fores.

Meu terreiro sombrio está calado,
Mas, teu nome, pixô, será lembrado
E guardado no rol das nossas dores.


Campina Grande, janeiro de 2000

Nenhum comentário: