(À minha Musa – quando numa “enfermidade”)
Vê-la sorrindo e cantando,
Como comumente a vejo,
É vê na vida um lampejo
Que vai se proliferando,
E segue contaminando
A quem estiver presente.
Mas vendo-a assim, descontente,
Dói-me n’alma e no instinto.
SÓ DEUS SABE O QUE EU SINTO
QUANDO A VEJO DOENTE!
Seu humor contagiante,
Sua altivez, sua graça,
Seu jeito de boa-praça,
Seu fervoroso semblante;
Seu otimismo constante,
Seu sorriso incontinente,
Não podem ser diferente
Porque, pra lhe ser sucinto,
SÓ DEUS SABE O QUE EU SINTO
QUANDO A VEJO DOENTE!
Quem dera, meu Deus, que um mal
Nunca lhe acontecesse;
Que nunca empalidecesse
Sua face angelical.
Violando o natural
Que Deus pintou, certamente,
E, de gosto, um riso ausente
Nem Ele pinta ou eu pinto.
SÓ DEUS SABE O QUE EU SINTO
QUANDO A VEJO DOENTE!
Também sei que a “enfermidade”
Pela qual está passando
É bem menor do que quando
Alguém lhe nega a verdade.
Se a contrariedade
É pra você deprimente,
Prometo: daqui pra frente
Nem a pedido eu lhe minto!
SÓ DEUS SABE O QUE EU SINTO
QUANDO A VEJO DOENTE!
Se lhe dei algum motivo
Para abrir seu apetite,
Faço-lhe agora um convite
Em forma de lenitivo:
Vamos escutar “ao vivo”
Um cantador de REPENTE,
Naquele lugar da gente,
Tomando um bom vinho-tinto.
SÓ DEUS SABE O QUE EU SINTO
QUANDO A VEJO DOENTE!
Campina Grande, 05 de março de 2009
Um comentário:
Oi Alfrânio
Gosto de ver e de desfrutar dessa riqueza imensa de tua criação poética. Parabéns! Não nos prive dessa forma amena de ver o mundo e de expor teus sentimentos.
Um abração
Divanira
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